Harry abriu a porta
do nosso apartamento e, cuidadosamente, entrei com Zoe em meu colo. Depois de
uma viagem longa de carro, ela adormeceu profundamente e cessou os choros.
Muito pequena, porém mais barulhenta que cinco labradores juntos. Eu não
imaginava que ela poderia chorar tão alto.
– Será que você
consegue ficar aqui... Sem o colo da mamãe? – perguntava enquanto a colocava
dentro do berço. Harry nos observa da porta do quarto, com o mesmo sorriso bobo
da primeira vez que a viu.
Olhei-a mais uma vez
e constei que ainda estava dormindo. Meus braços estavam quentes por ter lhe
segurado por tanto tempo. Zoe mexeu um pouco as pernas e tombou a cabeça pro
lado, ainda com os olhinhos fechados. Cada
movimento dela, eu me segurava pra não apertá-la de tanta fofura.
– Quer descansar
agora? – ele me perguntou assim que saí do quartinho de Zoe e fechei a porta. –
Está cheia de olheiras. – sorriu de
canto.
– Eu estou morta! –
murmurei com os olhos pesados. Harry riu e me abraçou de lado, me guiando até
nosso quarto.
Já posso sentir os
primeiros sacrifícios de ser mãe, de ter que adquirir responsabilidade de uma
hora pra outra. Zoe não dá tanto trabalho (ainda), mas assim como todos os
bebês recém-nascidos, ela precisa de muito cuidado e proteção. Duas tarefas que
podem parecer simples, mas que na realidade exigem dedicação extrema, uma
dedicação materna mesmo. E como eu não esperava, essa dedicação nasceu em mim a
partir do nascimento dela.
– Vem, deita aqui
comigo. – chamei Harry e ele sorriu. Me encolhi em seu peito enquanto sentia
suas mãos me acariciando suavemente.
– Eu prometo te
ligar mais tarde. – Harry sussurrou. Ele e os meninos viajariam mais tarde,
para a divulgação do novo álbum.
– Será que quando eu
acordar você ainda vai estar aqui comigo? – senti meu peito apertar fortemente
ao dizer isso.
– Não. – ele
respondeu baixo, beijando minha testa. – Mas Zoe vai estar. Se cuidem, ok?
– Uhum. – murmurei
de volta, já pegando no sono.
[...]
O choro de Zoe
ecoava na minha cabeça. Meus olhos se abriram preguiçosamente, até constar que
aquele choro não era fruto da imaginação. Calcei as pantufas ao lado da cama e
andei até o quarto ao lado. Meu cansaço não tinha curado nem dez por cento.
– O que foi, amor? A
mamãe já está aqui. – peguei-a em meus
braços e embalei de leve, fazendo seus soluços cessarem. Talvez já estivesse na
hora de amamentar, mas ela já fez isso há umas horinhas atrás.
Apanhei outra manta
e enrolei em torno de seu corpo. Andei até a sala e parei em frente a grande
janela de vidro. O dia já estava dando seu lugar á noite e Zoe tinha despertado
logo agora. Já posso crer que não vai adormecer tão cedo.
Me sentei no sofá e
pus as pernas pra cima do mesmo. Assim estava mais relaxada com Zoe, minhas
costas agradeciam bastante. Minha coluna já não é a mesma depois da gravidez.
– Já está com
saudade do papai? – olhei-a me fitando com aqueles olhinhos verdes flamejantes.
– Eu também estou, sabia? Mas ele vai voltar. Vamos ficar bem. – passei a mão
pelo seu rostinho e beijei sua testa. Ela já podia corresponder meus gestos com
alguns gemidos, grunhidos e, mesmo, não sendo palavras... Podia saber que ela
entendia o que eu queria lhe dizer, o que eu sentia. Eu sabia disso!
Otto apareceu na
sala e pulou no sofá, sentando ao nosso lado. Fiz um carinho em sua cabeça
enquanto ela farejava mansamente o pezinho da Zoe. Ele não a faria mal, só
queria reconhecê-la.
– Viu, Zozo? O Otto
gostou muito de você. – sorri para a pequena.
A campainha tocou e
Zoe fez um biquinho, ameaçando chorar. Ela se assusta fácil, o que não é um
pouco fácil pra mim, já que tenho que fazê-la parar de chorar.
Andei até a porta
enquanto balançava Zoe e verifiquei pelo olho mágico quem era a visita desta
vez. Mamãe.
– Tudo bem, querida?
– me beijou em cada lado da bochecha e tomou Zoe dos meus braços, enquanto
adentrava o apartamento. – Harry está aí?
– Não. Já foi
viajar. – me sentei ao sofá novamente e mamãe me seguiu no ato.
– A vovó não
prometeu que ia vir te visitar? Viu? A vovó veio. – minha mãe falava com Zoe de
um jeitinho especial.
– Quer um suco,
alguma coisa?
– Não, meu amor.
Estou ótima assim.
– Hm. – me levantei
e andei até a cozinha.
[...]
– Não é assim,
Christinne!
– É assim sim! –
teimei.
– Você nunca teve
filho e quer dizer como é ou não? Acredita em mim, querida. Fralda só se põe
assim!
Bufei e ignorei a
tentativa falha de tentar me ensinar a pôr fralda em Zoe. Terminei de ajustar a
fralda na pequena e vesti o macaquinho rosa que ela vestia antes. Aquela
roupinha dava um trabaaaalho... Mas era como um quebra cabeça, que mesmo sendo
estressante, te diverte.
– Pronto, minha
anjinha. – peguei-a no colo. – Agora está mais limpinha, né?
– Mas está toda
assada!
– Mãe, ela não está
assada! – respondi, já irritada, enquanto procurava pelo sapatinho de Zoe.
– É claro que está!
Vê como essa menina não para de chorar agoniada!
– Ela está
tranquila, mãe! Ela é só um bebê, é óbvio que chora agoniada!
– Você não chorava
desse jeito. Só quando estava assa...
– Aarrrr! Ela não
está assada! Você está assada, amor? – olhei-a em meus braços, mas a única
coisa que ela fez, foi babar pelos cantos da boca. – Viu? Não está!
– Christinne, para
de ser teimosa!
– A filha é minha!
Eu sei quando ela está assada ou não!
– Eu só queria te
ajudar!
– Mas não está! –
peguei os sapatinhos no canto e levei-a até a sala, onde pude colocar em seus
pés com mais conforto do sofá.
Minha mãe se calou
por bons minutos, o que foi até ótimo, já que Zoe estava preparada pra berrar
novamente. Eu já disse que ela se
assusta com tudo, né? E pra levá-la ao sono, morando em um condomínio liberal
como esse, é exaustivo, complicado demais. O vizinho do lado tem dois cachorros
barulhentos, o da frente vive cantando no karaokê e em cima, existe uma obra
sem hora pra começar ou terminar.
Meu estresse materno
não é nem um pouco gratuito.
– Harry S.
– Nossa, que
gracinha! Ela é a sua cara! – Lou falava encantada, olhando as fotos de Zoe em
meu celular. – Pena que ainda não pude ir visitá-la.
– Pois é... Uma pena
mesmo. Zoe é ainda mais linda pessoalmente.
– E você é um pai
muito babão! – disse bagunçando meu cabelo. Lembrei de Christinne, quando ela
costumava fazer isso toda vez que eu dizia besteiras. *risos.
– Não desgruda nem
um segundo da minha afilhada! – Louis falava enciumado.
– Se eu pudesse, não
desgrudaria jamais. Quando ela estiver maiorzinha, irei levará as turnês junto
comigo.
– E quem vai cuidar,
senhor Styles? Você sozinho? – Lou ria debochada.
– Eu posso cuidar
dela. Qual o problema? – permaneci sério e agora tanto Lou quanto Louis riam.
– Você não deve ser
capaz nem de trocar uma fralda. Por favor, né.
– Qual é, Louis? Eu
sei sim!
– Christinne disse
que não. – disse desconfiado.
– Christinne acha
que só ela é capaz de cuidar da nossa filha. – respondi revirando os olhos.
– Ah, mãe é assim
mesmo. – Lou disse com um sorriso de canto. – A gente sempre acha que ninguém
vai poder dar tanto amor ou tanto carinho para os nossos filhotes como nós os
damos.
– Nem o pai?! –
perguntei chocado.
– Ah... O pai...
Erm... A gente confia, entende? Mas não sei explicar, a gente apenas confia e
sabe que vai cuidar bem, mas não tão bem quanto nós, mães.
– Meu Deus, vocês,
mulheres, são estranhas demais! – ri. – Pai é pai! E eu sempre farei de tudo
pela minha princesa.
– Eu sei que vai,
Hazza. – Lou deu um leve tapinha em meu ombro. – Zoe é uma garota de muita
sorte.
Sorrimos e eu
abracei carinhosamente.
Se Zoe é uma garota
de muita sorte, eu irei fazer com que ela se sinta desse jeito, todos os dias
da sua vida. Eu vou amá-la e protegê-la acima de qualquer coisa, qualquer
custo. E hei de alguém tentar fazer algum mal á minha filha! Eu sou capaz de
matar, sem pensar duas vez, sem ter piedade alguma. Quem afetar á ela, estará
afrontando á mim diretamente. Sou capaz de fazer absurdos pelo o meu anjinho.
Sou capaz de dar a vida por aquela pequena. Não retiro nada do que disse, sou
louco sim. Louco por uma vida que mudou a minha completamente. E pra melhor!
Mil vezes melhor.
– Olha só, ele está
chorando! – Lou ria enquanto se separava do nosso abraço.
Sorri sem graça e
procurei meios rápidos de limpar as lágrimas.
– AAAA VEM CÁ,
CURLY! – Louis veio correndo e me abraçou. Em seguida veio Zayn, Liam, Niall e
a bagunça já estava completa. São os loucos que eu mais amo nessa vida.
Nossa, eu ando meio
gay ultimamente!
– Tá, tá, gente.
Chega! Eu já estou legal. – tentei me separar dos garotos.
– Isso tudo é
saudade da Zozo! – Niall disse rindo.
– Meu docinho faz
muita falta mesmo. – falei sorrindo ao me lembrar da Zoe. Ou Zozo, como os
meninos a chamam.
– Harry! Tem uma
visita pra você! – a produtora apareceu da porta.
– Quem?
– É uma moça jovem.
Pensei em
Christinne, mas alguém a reconheceria. Todos já a conhecem bem, então não deve
ser ela. Taylor? Fora de cogitação!
Segui pelo corredor do backstage atrás da produtora. Ela estava me
levando, provavelmente, para o lado externo. Deu pra ver a equipe técnica
organizando a mesa de autógrafos para a sessão de mais tarde.
Ela apontou a garota
de vestido azul e rabo de cavalo, conversando com outra menina, de costas para
onde estávamos. No momento, não estava reconhecendo aquela menina. Ficava
tentando imaginar de onde eu poderia ter conhecido e como. A principal pergunta
era: Como?
Mas para qualquer
caso, eu deveria agir naturalmente, sem passar a impressão de não estar lhe
reconhecendo. Ela ficaria chateada se eu fizesse isso, garotas ficam chateadas
com isso.
– Oi! – me aproximei
discretamente e ela se virou assustada. – Sam?!
– Harry! – ela
sorriu largamente.
– Sam! – sem
hesitar, abracei-a fortemente. Ela ainda continuava com aquele cheiro de
hortelã. *risos. – Meu Deus, quanto tempo! – falei chocado enquanto nos
afastávamos do abraço.
– Eu sei! –
respondeu sorrindo. – Você não mudou muita coisa!
– E eu já não posso
dizer o mesmo. – ela riu com a minha resposta enquanto eu a olhava da cabeça
aos pés. – O que faz aqui em Boston?
– Gravar meu CD! –
disse sorridente.
– CD?! Você virou
cantora e eu nem sabia?!
– Não, seu bobo! –
ela riu. – Eu vim tentar ser cantora, entende? Um empresário viu um dos meus
vídeos na Internet e desde então, estou batalhando pra gravar um CD. Mas se
Deus quiser, conseguirei hoje!
– Que ótimo, Sam! –
sorri e cruzei os braços. – Você vai se dar bem! Ainda lembro de você cantando
na escola.
– Naquela época eu
ainda não cantava muita coisa. – sorriu intimidada. – Mas você... Hm.. Você
canta bastante!
– Modéstia a
parte... – sorri.
– Continua
convencido.
– E você enxerida! –
rebati de brincadeira. – Por que veio até aqui?
– Vim te dar os
parabéns... Papai!
– Oh, claro! – sorri
bobo. – Vou te mostrar a minha princesa. Só um instante. – procurei o celular
no bolso e mostrei meu papel de parede.
Sam sorriu tão
encantada como todos que já viram essa foto. Minha pequena, realmente, é a
coisinha mais perfeita desse Universo. Não há UM que não a adore.
– Ela tem seus
olhos!
– Menina de sorte. –
guardei o celular e Sam riu, estapeando meu braço.
– Você não toma
jeito!
– Nem minha mulher
consegue dar jeito, quem dirá eu mesmo. – ri.
– Mulher? – ela me
olhou surpresa.
– Sim, minha noiva.
A mãe da minha filha.
– Oh, vocês ainda
estão juntos?
– É claro! Por que
não estaríamos?
– É que vocês são
jovens e... Famosos... E... Ah, sei lá! Só achei uma surpresa. – ela sorriu de
canto.
– Eu amo demais
aquela garota. Não irei largá-la por nada nesse mundo!
– Perdidamente
apaixonado?
– Completamente!
Ela riu e ajeitou a
bolsa no ombro.
– Que bom, Haz! –
forçou um sorriso de canto. – Desejo toda felicidade do mundo pra vocês.
– Obrigado, Sam.
Somos muito felizes, mas... Me conte sobre você. – segurei seu ombro e a guiei
para dentro do backstage comigo. – Já faz alguns anos que não nos vemos e...
– Desde o colegial.
– ela corrigiu.
– Sim, desde o
colegial. Imagino que muita coisa aconteceu na sua vida.
– É... Mas não foi
nada demais. – sorriu fraco.
– Qual é, Sam? Você
chegou aqui toda feliz, contando sobre o CD novo. – dei um leve tapa na sua
cabeça, como sempre fazíamos um com outro, apenas de implicância. – Vai lá! Me
conte da faculdade, dos seus amigos... Os namorados. – fiz um lance com as sobrancelhas
e ela riu. – Namorou bastante, né? Pode falar! Eu sei que você sempre andou
acompanhada, nunca foi de ficar só.
– Para de graça! –
ela tentava se recuperar dos risos. – Eu não estou com ninguém, ok? Eu resolvi
dar um tempo nessas coisas. Os garotos nunca queriam algo sério comigo, então
eu dei uma pausa. Até porque acabei me apaixonando demais e me iludindo.
– Infelizmente ainda
existem idiotas por esse mundo.
– É... Mas ele não é
idiota desse jeito. Eu entendo ele.
– Ih, Sam! Sai
dessa! Se ele não quer nada com você, é um idiota sim.
– Vamos mudar de
assunto? Senão vamos acabar discutindo.
– Hm, você ainda
gosta dele, né?
– Aff, Haz!
– AAAA VOCÊ GOSTA!
– Fala baixo,
garoto! – ela me repreendeu entredentes ao notar todos nos olhando.
– Ok. Não vou mais
falar do seu ''namoradinho''. – ela revirou os olhos. – Quer conhecer meus
irmãos de banda?
– Será que eles
iriam gostar de me conhecer? – me olhou desconfiante.
– Os meninos vão te
adorar!
Entramos no camarim
e os meninos olharam Sam ao meu lado. Olhares curiosos, confusos. Obviamente
eles nunca a viram, até porque nos conhecemos no colégio, bem antes do XFactor.
– Meninos, essa é a
Sam. Sam, esses são os meninos!
– Oi! – ela acenou
sorridente.
Vas
happenin?
Eu
demorei a postar, não foi? Sorry!
Imagino
que vocês estavam ansiosas por esse cap. rs
Gostaram
do cap.?
Ah!
E o que acharam da Sam?
Malikisses,
Biia.
perfecttttttttttt, muito perfect
ResponderExcluircontinuaaaa
Cecília xx
Own Zozo *-* liamda, perfeita! Harry eh um burro ou se faz? Porque eu percebi que a Sam, não gostei muito dela, gostava de vc Haz querido! Christinne minha Diwa fica de olho nele! Continuaaa Bia
ResponderExcluirPS: desculpa por esse surto de pensamentos hahaha ;)