Anne estava
terminando de temperar o Peru da ceia enquanto eu preparava a torta de maçã. Os
meninos estavam no jardim com as irmãs de Zayn, brincando de guerra na neve. A
tarde estava tranquila e perfeita, apesar do frio horroroso abaixo de zero.
Trisha e Yasser tinham ido ao mercado comprar algumas coisas que estavam
faltando pra ceia e mais tarde iriam ajudar no restante da decoração. Harry é
quem tinha comprado a decoração com efeito de neve para espalhar pela casa. Ele
teve um bom gosto nessa parte, tenho que confessar.
– Bom dia, meninas!
– Gemma apareceu na cozinha, ainda com pijama de moletom.
– De ''menina'' aqui só tem a Chris. – Anne
respondeu rindo.
– Relaxa, Anne.
Ainda está com tudo em cima. – pisquei com o olho direito e ela sorriu.
– Dormiu bem? –
Gemma perguntou deixando um beijo em minha bochecha e na minha barriga.
– Com um pouco de
pena, mas dormi bem.
– Pena?! – ela
arregalou os olhos.
– Os meninos fizeram
guerra de travesseiro nessa madrugada. – Anne respondeu revirando os olhos.
– Então é por isso
que eu ouvi umas risadas ontem á noite. – ela disse estranhando enquanto pegava
um copo de suco.
– Tia Anne, olha o
que o Zayn fez comigo! – Safaa apareceu na cozinha, toda chorosa, com neve até
na alma.
– Safaa! Mas... Meu
Deus do Céu! – Anne largou o avental e se aproximou pra tentar ajudá-la.
– Eu quero a minha
mãe!
– Calma Sah! A gente
vai tirar isso de você. – Gemma tranquilizava enquanto tirava a neve dos ombros
e cabelo.
Andei até a varanda
e avistei os meninos, ainda, guerreando na neve. Niall estava mais branco que o
normal e ainda corria com a pobre da Waliyha nas costas, Zayn estava com o
topete grisalho e Liam corria atrás do Louis. Louis tropeçou e caiu no boneco de
neve da Els e Gwen, que soltaram alguns palavrões irritadas.
– Acabou a
brincadeira! Todo mundo pra dentro. – berrei da varanda e eles pararam tudo que
estavam fazendo.
– O que? Por que?! –
Niall acabou deixando Waliyha cair no chão.
– Porque o
queridinho do Zayn encharcou a própria irmã de neve.
– Foi brincadeira! –
Zayn se justificou.
– Não interessa! Pra
dentro! Uuuum, doooois...
– Aff, já estamos
indo! – Louis resmungou enquanto pegava o cachecol no banco.
Os outros meninos
pegaram as coisas e entraram. Safaa ainda estava chorando porque a neve estava
dando dor de cabeça. Dor de cabeça mesmo vai ter a Trisha quando chegar e ter
que consolar a filha com bronquite. Vê se isso é ideia de gente normal? Neve! E
eu achando que Zayn era o mais responsável...
– Acho que já está
na hora de montarmos a decoração, não acha? – Harry adentrou a cozinha,
retirando o casaco.
– É melhor esperar
Trisha e Yasser chegar.
– Hm, poderíamos
fazer sozinhos. – disse se aproximando e
pegando minha cintura pra me beijar.
– Eu não vou poder
ajudar em quase nada. – respondi olhando pra minha barriga gigante.
– Quatro dias! –
disse se referindo ao parto.
– É... Estou
ansiosa, Harry.
– Eu sei, eu também
estou. – selou nossos lábios. – Vai dar tudo certo! – sorriu.
– Harry! – Gemma
apareceu na cozinha. – Trisha e Yasser chegaram e estão querendo ajuda pra
carregar as compras.
Harry revirou os
olhos e suspirou cansado.
– Já volto! – me
beijou e saiu da cozinha.
[...]
Terminei de prender
o cabelo em frente ao espelho do quarto de Gemma e apanhei o cachecol em cima
da cama. Logo ela saiu do banho e adentrou o quarto, pedindo ajuda pra prender
uma das alças do sutiã nas costas. Todos já estavam arrumados para a noite de
Natal, já era nove da noite, a casa estava toda decorada. Anne estava nos
apressando para começarmos o amigo oculto. Mamãe tinha chego á pouco tempo, ela
estava hospedada no centro, já que aqui não tinha onde ela dormir e Anne não
queria que ela dormisse na sala, ainda por cima no chão.
Chegamos na sala e
me sentei ao lado de Harry. Era bom ver todos reunidos, sorrindo e conversando
animadamente. Anne começou a revelar o
primeiro presente da noite. Cada um levantava, fazia um discurso ''comovente''
e entregava seu presente. Eu não sei se aguentaria ficar em pé, já que passei o
dia inteiro sem sentar com essa barriga enorme. Minhas pernas e coluna estão
detonadas. A verdade é que eu já deveria estar dormindo há muito tempo.
– Obrigada, Nini. –
agradeci pelo presente e fiz um pequeno esforço pra se levantar. O abracei e
abri a pequena caixinha embrulhada. Era um cordão com pingente de pezinhos de
bebê. Era lindo! – Agora é a minha vez, certo?
Todos riram e
concordaram. Zoe estava chutando sem parar, então me sentei subitamente, o que
fez todos me olharem preocupados.
– O que houve,
Chris? – Harry tocou meu ombro.
– São as contrações.
– respondi ainda com os olhos fechados, tentando suportar a dor.
– Gemma, pega outra
almofada pra ela! – Anne ordenou preocupada, enquanto minha mãe me ajudava a
encostar no sofá.
A dor era
insistente, como uma cólica comum, mas passou a aumentar e me arrancar gemidos
de dor. Já não sabia mais em que posição ficar, como se sentar, se me curvava
ou permanecia reta. Tentei aguentar todas as fisgadas de dor enquanto o amigo
oculto continuava. Tive que entregar o presente da Waliyha sentada mesmo. Assim
que a troca de presentes terminou e todos se dirigiram á ceia, pedi á Harry que
me levasse pro quarto, que só assim eu poderia ter uma ''Noite feliz''. Zoe
estava me matando aqui dentro.
Deitei na cama,
rolei de um lado, do outro, mas nada ficava confortável. Harry queria ficar a
noite inteira comigo no quarto, mas o obriguei a descer e dar atenção á família
dele porque eu iria apenas dormir um pouco. Quero dizer, esse era meu objetivo,
se Zoe não estivesse treinando MMA na minha barriga. Eram as contrações mais
fortes que tive em todos os meses de gravidez! Era impossível ficar calada com
aquela dor, sentia minhas pernas amoleceram, a dor começava a predominar o colo
do útero.
– Harry! – gritei
sem mais aguentar quieta. – Harry!
Me sentei na cama e
acariciei a barriga, na intenção de tentar aliviar as dores.
– Tá chamando
alguém, Chris? – Anne abriu a porta. – Oh, meu Deus! O que há com você? Está
suando!
– Me ajuda! –
choraminguei tentando levantar da cama.
– Gemma! Harry! –
Anne os gritava enquanto me ajudava a sair da cama.
Com um pouco de
esforço, consegui pôr os pés no chão. Minhas pernas estavam bambas, necessitava
me apoiar no ombro de Anne, pelo menos, enquanto estivesse em pé.
– Nos chamou, mãe? –
Gemma surgiu na porta.
– Chris! – Harry
correu em minha direção e me apoiou em seus braços. – O que está acontecendo?
– Eu não consigo
mais aguentar essas contrações. – senti uma lágrima cair dos olhos.
– Vou ter que ligar
pro doutor Thomas. Só ele vai saber o que devemos fazer agora. – Harry disse me
levando de volta para a cama.
– Aconteceu alguma
coisa? – minha mãe apareceu no quarto.
– Chris está tendo
contrações. – Anne explicou.
– Oh, querida! –
mamãe se aproximou e sentou na beira da cama, ao meu lado. – Respira bastante
que vai passar um pouco. Eu respiro com você, vamos! – ela segurou minha mão e
iniciou o processo lento de respiração.
– Alô? Doutor
Thomas? – Harry falou ao telefone. – Desculpe te ligar essa hora, cara! Chris
está tendo umas contrações fortes, está suando até! Eu e minha mãe estamos
aqui, mas não sabemos o que fazer.
Enquanto ia sendo
guiada pelo exercício de respiração da minha mãe, observava Harry escutar
Thomas ao telefone atentamente. A expressão dele era séria e parecia tentar absorver o máximo possível que Thomas
lhe dizia.
– Então eu devo
levá-la ao médico? – ele parou e escutou mais um pouco. – Ok, Thomas. Valeu
mesmo, hein! Um feliz natal pra você e sua família! Falô, tchau! – tirou o
aparelho do ouvido e desligou.
– E aí, Harry? –
Anne perguntou ao extremo de curiosidade e preocupação.
– Vamos ter que
levá-la á um hospital. Thomas disse que talvez seja hora de Zoe nascer.
– O que?! – meu
nervosismo foi ao topo!
– Ai que notícia
maravilhosa! – Anne sorriu contente. – Minha netinha vai nascer aqui em Holmes
Chapel.
– Não, Anne! Eu
estou com medo. – choraminguei enquanto suportava a dor. – Eu preciso do meu
médico, não posso sair assim pra qualquer hospital!
– Chris, o que eu te
disse hoje? Vai dar tudo certo, lembra? – Harry se aproximou e beijou minha
testa. – Mas agora você precisa levantar e deixar que eu te leve ao hospital.
– Talvez seja só uma
contração mesmo, Chris. Não se preocupe, vá com Harry! – Gemma tentava me
passar confiança.
[...]
Harry dirigiu
rapidamente até o hospital de Holmes Chapel. O trânsito estava completamente calmo,
as ruas desertas, foi rápido para chegarmos ao pronto atendimento. Ele me
ajudou a descer do carro e me guiou pela mão até a recepção do hospital. Apenas
uma mulher com uma criança no colo estava na recepção e a recepcionista falava
ao telefone, enquanto anotava algo numa agenda. Harry estava frustrado por não
sermos atendidos de imediato, era o melhor hospital da cidade.
– Boa noite, posso
ajudá-los? – a mulher finalmente nos atendeu.
– Minha mulher está
grávida, nove meses, tá tendo contrações fortes e precisa de um atendimento
obstétrico.
– Pode aguardar um
instante? – ela perguntou já apanhando o telefone novamente. Harry me abraçou
de lado e beijou minha testa, enquanto eu me segurava pra não chorar feito uma
criancinha, de tanta dor. – Me acompanhem por aqui, por favor. – ela disse saindo
de trás do bancada e seguindo em direção á um corredor imenso, com diversas
portas e janelas de vidro, com vista para salas de cirurgia.
Entramos em umas das
portas e ela nos apresentou á uma obstetra. Ela tinha olhos castanhos e cabelos
cacheados, parecia um anjo, me sentia segura com o sorriso gentil dela.
– Muitas dores? –
ela perguntou pondo a mão em minha barriga. Assenti e ela me guiou até a maca
inclinada para exames ginecológicos. Perguntou meu nome, idade e se Harry era o
pai. Respondi outras perguntas enquanto ela me examinava com pequenos toques e
outra enfermeira era chamada na sala.
Harry assistia de pé
da porta, com os braços cruzados, expressando-se preocupado. A outra enfermeira
adentrou a sala e fez o mesmo exame. As duas conversaram rapidamente entre si e
me fizeram mais perguntas, dessa vez sobre minhas dores e se numa escala de 0 á 10, onde ela se
posicionava. Na verdade eu poderia dizer nove e meio, mas preferi sete, pra não
parecer tão desesperada.
– Chris, vai ficar
tudo bem, ok? – a enfermeira loira sorria confiável. – Nós vamos te transferir
para outra equipe médica, numa sala mais apropriada para partos.
– Parto?! Mas agora?
– meu coração estava quase saltando pra fora.
– É necessário. Nós
sabemos que você gostaria da cesariana, mas você tem espaço suficiente e ela já
está prestes a nascer. – a segunda enfermeira explicou com serenidade, tentando
me passar calma.
– Harry... –
choraminguei com mais medo que anteriormente.
– Tá tudo bem, amor.
Eu vou estar com você, tá? – ele segurou minha mão e a beijou. – Vou ligar pra
minha mãe, só um instante! – disse saindo da sala.
– Vamos? – a
enfermeira me ergueu uma mão para me ajudar a levantar.
Respirei fundo e
levantei da maca.
Vas Happenin?
Baby Zoe á caminho! *-*
Devo fazer uma quarta temporada?
O que acharam do cap. ?
Malikisses, Biia.
Omjjj vai nascerr!!!! Ta perfeitooooo, simmm 4ª temporadaaaaa
ResponderExcluirContinuaaaaaa
Malikisses
OMJJJJJJJJ!!!!!! OMJJJJJJJ!!! CONTINUAAAA LOGO BIA! cara tá perfeito <3 SIM QUARTA TEMPORADA! VC TEM QUE FAZER! nossa tô muito desesperada eu hein hahhaaha malikisses
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