Capítulo 15

Deitei um pouco a cabeça perto do seu peito e depois de deixar um beijo em minha testa,
 subiu o olhar para admirar a lua cheia que nos acompanhava.

Harry POV

Terminamos o passeio de gôndola alegres. Tinha sido ótimo e muito romântico. Planejei isso com detalhes, queria desse certo e o resultado foi melhor que o imaginado. O homem fez uma canção em italiano, Chris adorou, tomamos um vinho e entreguei um buquê enorme de rosas vermelhas. Ela não parou de cheirar aquelas rosas nem um minuto! *risos. Estavam bem perfumadas porque pedi que fizessem isso. Elas ficam bem mais encantadoras dessa forma. Aplicam um sentido maior á quem recebe. É como um cheiro que você jamais esquece porque é único e te lembra algo especial.

- Quer acabar com ela por aqui ou prefere adicionar mais um ponto pra esse dia inesquecível? - pergunto baixo em seu ouvido, sorrindo malicioso em seguida. Ela não me responde e apenas ri de um jeito tímido, tentando desviar da minha feição nada ingênua, que lhe encarava.

Subimos no elevador e poucos segundos já estávamos no quarto. Tudo encontrava-se arrumado e organizado em seus devidos lugares, graças ao ótimo serviço de quarto. Chris vai direto pro banho e eu me relaxo na colchão macio da cama, enquanto ela não volta.


Gwen POV

Aquela cena era o fim pra mim. Zayn só podia ter sérios problemas mentais como amnésia, por exemplo. Como pode ser normal encontrar seu namorado conversando com a garota que arruinou meses de namoro? E ainda por cima, SOZINHOS, no apartamento do indivíduo. Pra mim, isso é o extremo da canalhisse e cara de pau.

- Melhor eu voltar outra hora. - dou meia volta pra ir embora, mas Zayn corre em um flash e segura meu pulso.
- Espera. - ele tenta encontrar meu olhar, mas desvio para outro ponto que não fosse ele e nem a Agnes.
- Eu vou indo,mas... Diga aos meninos que eu estive aqui e mandei um beijo. - Agnes levanta um pouco sem graça e dou espaço para que ela vá embora.
- Gwen, olha aqui pra mim. - Zayn pede gentilmente, pondo o polegar em meu queixo.
- Será que você não enxerga as coisas erradas que faz? - tento controlar a vontade de chorar. Eu o amo demais pra perdê-lo, mas ultimamente, seus atos não me dão outras escolhas. Zayn é o meu ponto de paz, de carinho... É com ele que eu passo os melhores momentos quando estou triste ou feliz. Ele é a minha salvação entre todas essas coisas confusas que andam acontecendo.
- Gwen, você sabe que eu não seria capaz de...
- De quê? De me trair?! - interrompo sua desculpa. - Eu não sei se posso mais confiar nesse seu argumento.
- Eu não faria isso... Novamente. - sua voz fraqueja, com tristeza.
- E saiba que eu não te desculparia... Novamente. - digo fazendo-o marejar os cantos dos olhos. É difícil presenciar uma cena dessas, vendo-o tão abatido, mas ele precisa saber onde meus limites esgotam. - Eu vou pra minha casa, descansar.
- Fica aqui comigo. - ele me segura novamente, impedindo que eu vá.
- Não. Eu prefiro ficar sozinha. - as palavras quebram tanto meu coração quanto o dele. Uma lágrima escorre dos meus olhos sem que eu possa ter a chance de prendê-la até o elevador.
- Por quê a gente não senta e conversa, bebê? - ele alisa meu rosto e aperto os olhos para segurar um rio de lágrimas. Afasto sua mão e engulo o choro.
- Desculpe, Zayn. Mas a gente precisa dar um tempo. - digo com a voz firme pra não me arrepender de tais palavras.
- Tempo, Gwen?! Você quer que eu seja um cara na sua fila de espera, é isso? Eu não quero ser uma espera na sua vida! Eu preciso ser seu.
- Chega, Zayn! Não vamos sofrer aqui, ok? Eu só preciso ir pra casa e descansar. Meu dia foi cheio, diferente do seu.
- Gwen, espera! - ele me segura novamente. Meu coração estava quase resistindo a aquela cara triste, abandonada... Precisando de carinho. - Eu te amo. - seus olhos amêndoas encaram os meus, trazendo-me um arrepio bom, um pouco excitante. Gostaria de beijá-lo agora, como desejei o dia inteiro, mas o orgulho fala mais alto e vou embora sem me pronunciar. Ele me acompanha com os olhos até o elevador e depois disso, não o vejo mais.


Chris POV

O banho tinha me deixado muito mais leve.O passeio de hoje se tornou inesquecível pra mim. Tenho que planejar algo tão surpreendente quanto, para o Harry no seu aniversário. Precisa ser uma coisa inesquecível, que o faça ficar tão emocionado como eu fiquei. Quero deixá-lo orgulhoso.

- Oi! - pulo na cama, ao seu lado, e escoro minha mão em seu peito. Harry sorri, mas percebo que estava pensativo. - Pensando muito? - faço carinho em seus cachos, deixando-o arrepiado nos braços.
- Pensando na vida. - ele dá de ombros e vira o corpo pra cima de mim. - Você está muito cheirosa. - ele traça uma linha com a ponta do nariz em meu pescoço. Minha respiração já não é a mesma a partir daqui. Espalmo as duas mãos em seu peito sem saber o que fazer em relação aqueles arrepios que subiam desde os pés. - Tudo isso é pra mim? - seus olhos percorrem pela minha camisola curta de seda. O tecido ia um pouco acima da metade das coxas.
- Você gostou? - minha voz sai mais séria e provocativa do que deveria.  - Eu achei que ia ficar...
- Shhh! Ficou perfeita. - me silencia com a ponta do indicador, aproveitando para contornar meus lábios e a linha do queixo. - Aliás, você é perfeita demais. - diz com um sussurro sexy, sugando a ponta do meu lábio inferior. Antes que aquilo acabe, prendo os dentes de leve em seus lábios fazendo-o voltar para um beijo mais descente. Harry acaba dando um de seus sorrisos safados contra a minha boca e não resisto em rir. Imagino as mil coisas que não estão se passando por aquele mente poluída.

Ambos cansados do longo dia, decidimos não passar daqueles beijinhos. Harry entrou pro banho e eu me encolhi debaixo das cobertas quentinhas. Devia estar abaixo de zero agora. Aproveitei que meu celular ainda tinha dois míseros pontinhos de bateria pra entrar na Internet. Faz dias que não entro no twitter. Se teve algum barraco bafônico, com certeza eu perdi.

Harry chega de surpresa deitando ao meu lado. Seu braço enlaça minha cintura, fazendo minhas costas colarem em seu peito. Suavemente sua respiração branda, aquece meu pescoço causando-me bons arrepios. O calor do seu corpo me faz esquecer o frio absurdo que eu sentia. Nos encaixamos perfeitamente como um quebra cabeça completo.

- Você me aquece. - seu queixo se encosta em meu ombro e os cachos já se misturam com o meu cabelo.
- Você também. - respondo com os olhos fechados, sentindo seu cheiro. Involuntariamente desejei que ficássemos assim para a eternidade. Aquelas mãos macias e protetoras eram tudo o que eu mais precisava para me sentir á vontade. Meu celular capota no chão e nem ouso pensar em pegá-lo. Não ia perder nem um segundo nos braços do Harry.
- Me dá um beijo? - ele sussurra com os lábios semi-umidos, encostados em minha bochecha. Sem chances de reagir, Harry já está se acomodando por cima de mim e permito que seu corpo se encaixe entre minhas pernas.
- O que você tem? Pedindo só um beijo? - debocho da sua capacidade repetina de autocontrole. Ele nunca resistia mais de uma vez á apenas beijos. Já era a segunda vez hoje.
- Tô carente de você. Se quiser mais, eu posso te dar. - ele sorri e inclina-se para iniciar um caminho de beijos do pescoço até a fenda entre meus seios, expostos pela camisola decotada. Aperto meus dedos pelos seus cachos, raspando as unhas pelo couro cabeludo.

Uma de suas mãos abraça minhas costas e me trazem até o meio da cama sentada em sua frente. A maldita respiração se altera. Ele estava ali, sem camisa, olhos fartos de desejo, os cabelos bagunçados do jeito que eu amo, sorrindo de canto pra mim. Esperando minha resposta em continuar o que ambos queríamos ou simplesmente inventar uma desculpa pra dormir novamente. Eu seria uma louca de pedra se escolhesse a segunda opção. Timidamente deixo minhas mãos em suas costelas, puxando-o para um beijo. Meu toque gelado o deixava arrepiado, me enlouquecia seus poucos suspiros contra os meus lábios. Por impulso, abri os olhos e me deparei com os seus me fitando atentamente, observando cada reação que me causava. Era preciso de oxigênio para sustentar a ideia de tê-lo tão perto.

- Por que não me encara por mais de dois segundos? - a voz baixa e rouca me pressiona a sondar seu rosto. Os dedos longos e masculinos desenham as curvas da minha boca lentamente. Cada linha trajetada era um calafrio em segredo. - As vezes parece que tem medo de mim. - ele tomba a cabeça pro lado e mordisca o lábio inferior, soltando-o degradamente de um jeito sexy.
- Não é medo de você. É medo do que você pode fazer. - admito subindo minhas mãos para os seus bíceps, onde sinto mais confiança em permanecer.
- E o que você teme que eu faça? - ele prolonga o assunto enquanto observa os movimentos dos meus lábios com a boca entreaberta. Tento encontrar argumentos coerentes na minha cabeça, mas a única coisa que consigo formular é o quanto aqueles toques cabreiros me alucinavam. - Prefere que eu descubra sozinho? - Harry insiste em escutar algo que venha de mim.
- Como quiser. - meus olhos se fecham por alguns instantes quando sua mão passeia pela minha nuca e subitamente me arranca para um beijo pacato e um tanto erótico. O jeito como sua língua penetrava em minha boca brandamente, promovia uma onda de sensações estimulantes em meu corpo.
Dando um último selinho naquele beijo, suas mãos escorregaram pela lateral do meu corpo, de uma forma possessiva, registrando cada pedaço como sua particularidade. Me perco em cada expressão maliciosa em seu rosto.
- Você é linda. - as mãos que contornavam minhas curvas, invadem a seda da camisola subindo pelo lado interior das coxas. Harry nunca me seduziu tanto como agora. Eu não imaginava que um dia ainda conseguiria ficar tão rebaixada em seus pés.

Inconscientemente ponho as mãos por cima das suas, impedindo qualquer próximo ato, que eu sabia muito bem onde ia resultar. Porém, eu não podia negar minha vontade de tocá-lo incontroladamente. Seus lábios tão longe de mim, poderiam ser prejudiciais á minha saúde mental. Reinicio todo aquele processo com um toque gentil de nossas bocas. Dois, três, quatro selinhos e não resistimos em continuar naquela tranquilidade infinita. Nossos pescoços giram em um ritmo balanceado do beijo, possibilitando que nossas línguas encontrem mais profundidade. Todas as minhas táticas de autocontrole desaparecem dando um espaço ocioso á precipitação.

Carinhosamente toquei seu rosto e quebramos o beijo. Harry deslizou a ponta da língua pelo lábio superior e prosseguiu adiante com leves mordidas subindo o lóbulo da orelha. Por cima dos seus ombros, escorreguei minhas mãos para as suas costas depositando leves apertões nas nos ondulações musculosas, aperfeiçoadas com as aulas de Box. Os braços não se sustentaram assim por muito tempo e deixei por cair para os seus bíceps novamente. O seu cheiro doce e provocante inebriavam-me como uma droga altamente nociva.A vontade de nos tornar em apenas um único só corpo, transtornava minhas ideias. O que eu sentia era a mais pura necessidade de me saciar de cada músculo robusto existente naquele ser insaciável de prazer. Já não era mais troca de carinhos, tornara-se uma batalha incansável de luxúrias.

Desprovida da peça de seda que cobria algumas partes do meu corpo, que Harry fez questão de tirá-la em câmera lenta, vejo-me sendo impulsionada para o colchão macio novamente com Harry reclinando-se sob mim. Meus seios foram impressados contra o seu peitoral, enquanto com as testas coladas, trocávamos olhares límpidos ao nosso desejo.

Sem aviso prévio, ele desliza para a ponta da cama e sobe lentamente onde para ajoelhado entre minhas pernas. Seguro-me de cada lado da cama forrado com os lençóis brancos, sentindo sua boca percorrer vagarosamente por cima do tecido da peça íntima. Dobro os joelhos involuntariamente e Harry os posiciona de volta á cama com certa hostilidade. Minhas pernas bambeiam a ponto de me fazer acreditar que uma hora não resistiriam por muito tempo e logo paralisariam de vez. Usando a delicadeza, afasta o tecido para o canto e acaricia toda a região com lentas massagens, me arrancando o primeiro gemido da noite. Sua expressão parece aprovar o ato inconsciente e desafiado á ouvir mais alguns semelhantes ao que deixei escapar, Harry elege a própria língua como a próxima penalidade. Minha sã consciência flutua, se perdendo em algum espaço inimaginável, onde apenas os espasmos me restam.

Tinha acabado de descobrir que a minha excitação não tinha limites. Harry tinha quebrado todos os meus pensamentos em razão disto. Meu corpo correspondia com  adrenalina, minhas órgãos pulsavam... Estava boquiaberta com tamanhas sensações se embolando por dentro. A saliva descia minha garganta como um único arranhão ardiloso. O suor que deixava as palmas de minhas mãos, umedeciam os lençóis e o próximo refúgio, foram minhas próprias coxas, que sofreram fortes beliscões. Os vestígios de orgasmo já ameaçavam deixar meu corpo, sentia-me enrijecer e para o meu maior desespero, ele tinha parado com aquela preliminar. Meu coração quase escapou do peito quando todas aquelas sensações que formigavam ali embaixo, foram desaparecendo. Recebi um beijo ardente, que começava a servir de consolo pelo abandono da sua boca onde eu mais desejava obsessivamente. Meus olhos faltavam lacrimejar de tamanho desespero.

- Hoje é a sua vez. - Harry interrompe o beijo para alcançar uma embalagem de preservativo na mesinha ao lado da cama. Ele dá um beijo no pacotinho azul e me entrega, deixando toda a responsabilidade sobre mim.
- Mas...
- Eu vou te ajudar. Relaxa. - ele diz pondo suas mãos sobre a minha pra rasgar a embalagem.  Enquanto retiro a tal coisa, Harry retira a tal boxer. O nervosismo toma conta de mim como se fosse minha primeira vez.

Camisinhas são asquerosas á meu ponto de vista. Queria parecer normal agora, mas não resisti em segurar aquela coisa molenga com a ponta dos dedos. Harry riu um pouco ao me ver fazendo aquilo e se aproximou para que eu encaixasse o plástico em seu membro. Não era um bicho de sete cabeças como eu imaginava que seria. Criei expectativas horríveis em poucos segundos a toa. Foi uma experiência pra lá de excitante.

Vivendo e aprendendo.

Nos deitamos novamente, na mesma posição que nos encontrávamos e Harry me introduziu de uma forma intensa, lenta, que me provocou gemidos semelhantes ás sensações por alguns segundos. Alisei seus ombros, marcando minhas unhas em determinados pontos, conforme aquela maré de prazeres indescritíveis surgiam com os movimentos medianos de vaivém. Cada vez mais rápido, selvagem e grosseiro tornavam-se os movimentos. Harry tombava a cabeça pra trás enquanto me contorcia exasperada na cama. As estocadas precipitadas faziam ambos acreditarem que estavam vivenciando um ápice inacabável. As testa coladas e suadas, mostrava o quanto relutávamos com aquela adrenalina.

 Harry gemeu alto e cansado, mantendo o ritmo louco, e logo foi a minha vez de visitar um pouco do paraíso. Sem escolhas, meus olhos se fecharam exaustos. O peso do Harry já não fazia diferença naquele momento. Tudo o que eu sentia era o êxtase me consumindo. Tombando para o lado vazio da cama, Harry abraçou minha cintura e não deixou mais nenhuma palavra no ar. Abracei-o de volta e o sono não demorou para chegar e nos embalar profundamente.





Vas Happenin?
Capítulo especial do dia dos namorados.
Espero que tenham gostado. *-*
Se vocês têm namorado, corram e grudem neles o resto da noite. 
Aproveite este dia extremamente romântico com o gatinho.
Mas se você for solteirona da pista e não quer nem saber que esse dia existe...
Faça como eu!
Afunde as mágoas no PC e Cappuccino quentinho. Haha
Malikisses, Biia.









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