Capítulo 8 - Parte 1

Seja o que Deus quiser!



Londres. - 20hs30min.
Harry POV

Descemos no aeroporto internacional de Londres e a multidão era insana. Garotas para todos os lados, paparazzis e seguranças tentando controlar toda aquela histeria. Não pensei que estaria tão lotado assim. Era praticamente impossível caminhar com a cabeça levantada. Os flashes e gritos vinham por todos os lados, era agoniante.

Chris devia estar bem mais assustada que eu, segurava minha mão com bastante força, como se estivesse com medo. Os caras, eu nem sabia onde estavam. Com certeza estavam cercados de mais seguranças. E com certeza a Gwen deve ser mais um dos motivos para encher esse aeroporto.

- Tá tudo bem? - pergunto á Chris assim que entramos na van. Ela estava suando e ofegando. - Paul, tem água aí?
- Tá aqui. - ele me entrega uma garrafinha d'água.
- Toma. Beba um pouco. Vai melhorar. - levo a garrafa d'água até sua boca e ela passa a respirar um pouco melhor. - Tudo bem? - pergunto preocupado novamente e acaricio seu rosto. Chris apenas assente. Sento mais perto do seu corpo e envolvo seu ombros com um braço.
- O que houve com a Chris? - Zayn entra na van e percebe o estado dela.
- Foi só um susto. - respondo.
- Mas já está tudo bem? - Zayn parece tão preocupado como eu estava.
- Tá tudo bem. Né Chris? - beijo sua testa e ela sorri pro Zayn. Logo entra o resto do pessoal, todos praticamente descabelados e ofegantes. Gwen até perdeu a touca rosa pelo caminho junto com os óculos escuros.

[...]

- Morri! - Chris se joga no sofá, cansada. Deixo as malas em um canto da sala e me sento ao seu lado no sofá, deixando-a pôr as pernas em meu colo. - Hazza, como que você não cansa?
- Assim como você não cansa de dançar um dia inteiro. - rio.
- Faz um pouco de sentido. - ela sorri e fica me encarando por alguns segundos, depois ri subitamente.
- O que foi? - pergunto curioso, rindo sem ao menos saber o que ela estava pensando.
- É que a minha vida é um pouco surreal agora. As vezes eu esqueço que estou definitivamente apaixonada pelo meu ídolo. 
- Quer dizer então que, antes você não era tão apaixonada? - pergunto e ela ri.
- Eu sempre fui apaixonada por você, Hazza. Mas a diferença é que antes, você não sabia.
- Acredite. No fundo, eu sabia. Eu sempre sonhei com uma namorada perfeita, então você não era tão desconhecida pra mim, espiritualmente.
- Uau! Não era poço, mas foi fundo. - ela diz e eu não resisto em rir escandalosamente.
- Te amo, espertinha. - me inclino para beijar seus lábios e ela sorri entre o beijo.
- Também te amo, calça justa. - ela diz apertando o meu nariz e ri.
- Implicante!
- Chato!
- Metida!
- A-há, idiota!
- Obrigado pelo elogio.
- Duplamente idiota! - ela fica séria e rio mais.
- Que te ama apesar de qualquer coisa. - digo fazendo-a abrir aquele sorriso perfeito. - Tá com fome?
- Muita!
- E que tal um jantarzinho?
- Eu tenho um plano bem melhor, Hazza. Um festival de batata frita. Que tal? - ela faz um lance com as sobrancelhas.
- Bem tentador. - sorrio e deito sobre seu corpo, enchendo-a de beijos.
- Para Harry! - ela suplica enquanto ri descontroladamente. Me controlo pra não rir também. - Para! Isso faz cócegas! - ela diz quase sem voz.
- O que? Isso? - encho-a de beijos novamente, desde a orelha até o pescoço.
- HAZZA! - ela grita entre os risos e agora se debate com o corpo inteiro. E nessa brincadeira inocente, ela acaba acertando o pé onde menos deveria. - Harry! - ela senta rapidamente e me olha preocupada. -Harry, diz alguma coisa! Eu juro, foi sem querer. - ela diz tentando ajudar enquanto deixo a mão em cima do chute para ver se a dor aliviava.
- Cara.... Não.... Nem vou comentar. - digo com a voz falha de tanta dor.
- Quer um gelinho? - ela morde os lábios pra não rir.
- Vai se fuder! - digo irritado e ela gargalha mais. - Tá doendo, tá? - ameaço levantar, mas ela me empurra no sofá novamente.
- Não. Agora é sério. Foi sem querer, desculpa! - e deixa um beijo na minha bochecha. - Daqui a pouco passa, bebê. - ela diz com a vozinha manhosa, como se isso fosse ajudar muito. Deito com a cabeça no sofá e continuo com a mão na virilha, de olhos fechados. Já chegava a sentir dor de cabeça. - Tadinho do meu bebê. Ai meu Deus do céu! Te machuquei, foi? - ela continua com a voz manhosa e acaricia meu rosto. - Vou fazer uma batatinha pra você, tá, bebê? - ela debocha e levanta pra ir em direção á cozinha. Não resisto em rir assim que ela sai.

Chris POV

Harry ficou deitado na sala, assistindo TV, enquanto eu terminava de fritar as batatas. O Otto ficava sentado do lado do fogão, crente que ia ganhar alguma coisa. *risos. Tadinho. Chegava ficar com a língua pra fora. Sendo que o olhudo estava com a vasilha transbordando de ração. E não era qualquer ração! Ração sabor bacon! Meu cachorro é extremamente mimado, mas também extremamente mal agradecido. Tem tudo do bom e do melhor, e mesmo assim acha pouco.

- Baby styles! - chamo-o voltando da cozinha com um prato de batata frita.
- Oi? 
- Olha a batatinha. - abro espaço no sofá e ele apoia os pés no meu colo. - Tá quente, esganado! - dou um tapa em sua mão, antes que pegue a batata.
- Você é muito implicante, garota! Caraca.
- Por que? - pergunto rindo.
- Vem com a batata e não deixa eu comer.
- Ah, quer queimar a língua? Então come!
- Marrenta! - ele sorri e rapidamente beija minha bochecha.

Niall POV

Tiro e ponho o boné duzentas vezes antes de bater na porta. A pele que protege meus lábios, já esta descascada de tanto que mordisquei nervoso. Ergo a mão fechada para batucar a peça de madeira, mas ela age bem primeiro que eu. Madá arregala os olhos a me ver parado em sua frente. Ela está usando o meu casaco verde da Adidas e uma calça de moletom velha. Seu cabelo está bagunçado, mas preso em um preguiçoso rabo de cavalo. Aposto que seu coração está tão rápido quanto o meu.

- A gente pode conversar? - ponho as mãos no bolso e tento encarar seus olhos.
- Voltou quando? - ela pergunta um pouco desinteressada. Seus olhos percorrem meu corpo discretamente.
- Hoje. - respondo simplesmente pra aquele assunto besta não prolongar. - Posso entrar? - olho por cima de seus ombros. A pequena sala de estar da sua suíte está vazia. A TV está ligada, passando um filme irreconhecível. Ela assente e dá espaço para que eu passe. 

Entro um pouco receado e timidamente sento na poltrona. Madá tranca a porta e senta no sofá de dois lugares, logo em frente. Ficamos nos encarando por bons minutos. Tenho que confessar que não suporto ficar brigado com ela. Odeio quando seu olhar me passa desconfiança.

- A viagem foi boa? - ela pergunta em ironia.
- Você sabe que não foi.
- Não sei não. Eu não estava lá. - ela responde seca.
- Mas ligou para a Chris pra saber como eu estava. Aposto que ela disse como eu realmente estava me sentindo. - digo deixando-a sem palavras. - Para com essa mania de fingir que não se importa, Madá. Amar é assim! A gente age como bobo, age como se não houvesse consciência, a gente protege e principalmente se importa! Se você soubesse o quanto foi horrível não te ter enquanto todos estavam se divertindo em casal, não estaria fazendo marcação dura.
- Não é marcação dura, Niall. Você mentiu pra mim!
- Eu menti, tudo bem! Mas poxa, eu admiti meu erro. Eu te liguei, tentei pedir desculpa, vim até aqui pra ouvir o seu perdão, mas tá muito difícil, sabia?
- Tudo pra homem é pedir desculpa, que já está bom.
- E o que você quer que eu faça? Eu te amo, isso não importa? Você não me ama?
- É claro que eu te amo, mas...
- Mais nada! - levanto da poltrona e puxo sua mão para ficar de pé em minha frente. - O nosso amor, Madá, é uma história sem fim. Pode haver algumas vírgulas de vez em quando, mas nunca, nunca, haverá um ponto final. Sabe por quê?
- Hum? - ela responde inconsciente, se aproximando da minha boca.
- Porque você é minha.

* No dia seguinte. *

Chris POV

Eu e Harry levantamos cedo para a reunião na Emporium. Ele tinha feito questão de me acompanhar porque estava ansioso para saber a data de início da turnê. Pensei em fazer um pequeno deboche, dizendo que ele deveria saber esses tipos de coisa, já que é tão "amiguinho" da Taylor, mas não queria iniciar uma briga logo ás 10hs da manhã. E também odeio brigar com Harry por nada.

Hoje eu finalmente colocaria meu carrinho pra rodar. Harry preferiu ir sozinho no Audi e me senti mais á vontade pra dirigir, porque com o Harry buzinando no meu ouvido é meio difícil. Ele acha que eu sou alguma cega no volante. "Chris, olha o sinal!" "Deixa a mulher atravessar!" " Aumenta essa velocidade!" Irrita pra caralho! 

Chegamos na hora certa para a reunião e ficamos conversando alguns minutinhos com a Tania enquanto esperávamos os empresários da Taylor chegar. Hoje o prédio estava mais movimentado que o normal, meninas passando com uniforme de ensaio, homens engravatados... Estava uma muvuca que só! E nesse intervalo de espera, minha mãe me ligou, pra minha surpresa. Perguntou se estava tudo bem comigo, mas de um modo diferente e disse que estava preocupada porque tinha tido um sonho esquisito. *risos. Coisas de mãe.

- Vamos Christinne? - Tania nos chama para ir até a sala de reuniões. Tenho que lembrá-la depois de me chamar apenas de Chris. Odeio ser chamada de Christinne. Arrrr! Parece que tá chamando uma anciã. “Dona Christinne! “ Olha que feio? *risos.

[...]

Na reunião, os caras falaram de um monte de coisas chatas, das cláusulas do contrato e de outras coisas que eu nem sequer fazia ideia. Só que como a Tânia estava me representando na maior parte da reunião, não precisei entender por obrigação. A validade do contrato diminuiu para quatro meses, o que foi uma Glóriaa! A linda da Tânia conseguiu um pré-contrato com a companhia de dança do Ne-Yo para dois meses, mas já seria suficiente pra mim. Além disso, ela disse que uma marca famosa de lingeries, me enviou um convite para que eu fosse a musa da nova coleção. *-* Posso morrer de felicidade agora? Mas pra isso, obviamente, eu teria que pousar para algumas fotos apenas de lingerie. E o Harry não gostou nem um pouco dessa parte.

Ok, ele tem lá seus motivos, mas como a Tania disse que essa é uma oportunidade incrível, nós teremos que conversar sério sobre isso. Mas em casa, com os neurônios mais calmos, sem brigas. Com o meu jeitinho sereno de conversar, tenho certeza que ele vai mudar de ideia bem rápido. 

Nos despedimos do pessoal da reunião e descemos para o estacionamento, que inclusive, estava um inferno pra sair com o carro. Por que tanta gente aqui hoje? Nunca vi isso aqui tão movimentado, mas talvez seja por causa do início de ano, muitos contratos, muitos eventos e ai dá nisso.

Freio o carro na saída do estacionamento, atrás de um Mitsubishi vermelho. Parece que o cara da portaria está tendo problemas com a saída de carros. Olho para o espelho retrovisor e vejo Harry com o Audi logo atrás, segurando o volante com as duas mãos, totalmente paciente e concentrado em algum ponto fixo no vidro do carro. *risos. Tão fofo.

Pego minha bolsa no banco carona e ponho em meu colo para procurar um batom. Meus lábios estavam tão ressecados que pareciam duas lascas de pedra. O frio estava medonho hoje.

Escuto a porta do passageiro bater e me assusto. Olho para o lado e um homem esquisito, de touca, roupa preta e tatuado, me encara malignamente com um canivete na mão.

- Bom dia. - ele diz sarcástico apontando o canivete pra minha barriga.
- B-b-bom dia. - deixo o batom cair dos meus dedos.
- Presta atenção. Sem gracinhas e sem escândalo. Isso daqui é um assalto, agora me passa a bolsa, quietinha. - ele diz com uma calma extremamente assustadora. Olho de relance para o espelho retrovisor e Harry continua olhando para o vidro ao lado, sem mal perceber que um bandido acabara de entrar no meu carro. - Bora garota! Não estou com tempo não! - ele me apressa e entrego a bolsa rapidamente. Olho para todos os cantos do carro, mas não havia nada que eu pudesse usar de arma contra esse esquisito. Se pelo menos eu tivesse vindo de salto, acertaria a ponta no meio da sua testa. 
- Cadê o dinheiro, vadia? - ele se irrita o revirar minha carteira e encontrar apenas cartões.
- Eu não tô com dinheiro. Por favor, me deixa em paz. Quer meu relógio? - ameaço tirar o relógio, mas ele nega.
- Eu quero dinheiro vivo! Se vira! Eu não vou sair desse carro sem as verdinhas. - ele aumenta o tom de voz e aproxima mais o canivete da minha barriga. Engulo em seco. Olho pra frente e a saída já está liberada. Harry começa a buzinar atrás de mim. Droga! *celular tocando*  Tento pegar no painel, mas o bandido alcança primeiro.
- Quem é Harry? - ele pergunta grosso.
- M-meu namorado.
- ATENDE! TÁ ESPERANDO O QUE? E põe no viva voz. Vai! RÁPIDO! - ele me empurra.
- Oi? - atendo o telefone, mantendo a calma.
- O que houve? A saída já está liberada. - ele pergunta estranhando.
- Não dá pra eu sair! - respondo com a voz trêmula e encaro o retrovisor. Por sorte, Harry também olhava pro meu retrovisor e percebeu minha cara de pânico.
- Chris, o que está havendo? - ele pergunta mais preocupado e escuto a porta do seu carro abrir.
- Então seu namoradinho é aquele ali, sua cachorra? - o bandido pergunta, vendo Harry se aproximando do carro e toma o celular da minha mão. - ACELERA! VAMBORA!
- Calma, calma! - procuro a chave na ignição com as mãos trêmulas. Piso no acelerador e saio com tudo pela saída, arrebentado a placa amarela de segurança da cabine do porteiro. Olho para o retrovisor novamente, Harry está correndo de volta pro Audi. 

Passo a marcha pra última, notando o canivete cada vez mais próximo da minha barriga. Piso no acelerador e os pneus cantam enquanto passam apressados pelas ruas de Londres, chamando a atenção de muita gente. Passo o sinal fechado e tento manter a calma pra não bater em ninguém ou atropelar ninguém.

Escuto um motor mais potente logo atrás e suponho ser Harry. Não tento olhar pra não perder o foco, mas a reação do bandido ao meu lado, não era nada boa. Em instantes, Harry já estava encostando com o meu carro e buzinando freneticamente. As lágrimas já escapuliam dos meus olhos.

- Qual é a desse idiota? Acelera mais!
- CALMA! - grito nervosa, tentando passar para a próxima marcha. E nem ia adiantar de nada. Meu carro não chega nem á metade de potência que o do Harry tem.
- Para no banco mais próximo! - ele ordena tirando um revólver da cintura. Meu coração gela.

Harry dá uma leve batida na lateral do meu carro, que desliza descontrolado para o lado da calçada, mas tento guiar pro lado contrário. Olho para o seu carro e ele mantinha a expressão de desentendido e preocupado. Já deve ter sacado que é um assalto.

Ele buzina várias vezes, desesperado, e mais lágrimas escorrem no meu rosto. Pego a estrada deserta que dá em um posto de gasolina, que também é deserto. Quanto antes eu entregasse esse dinheiro, mais rápido ficaria livre desse louco.

O ronco do motor do Audi fica mais barulhento e como um vulto, Harry passa a nossa frente. O bandido fica atento ao que Harry vai fazer e ele faz o inacreditável. Freia no meio da pista, fazendo o carro derrapar insanamente e parar em lateral. Harry queria fechar o caminho.

- Não dá mais! - grito desesperada vendo o carro indo em direção á Harry.
- VAI! - ele me pressiona. Meu coração dispara. Eu tinha que arranjar um jeito de passar por Harry sem rebocá-lo. Eu não me perdoaria nunca se o machucasse!

Quando direciono a mão para a marcha novamente, lembro do freio de mão. É isso! O cara está sem cinto, se eu puxar o freio de mão, ele vai sofrer um acidente. Os pensamentos correm rápidos na minha cabeça, quando já estou á pouquíssimos metros de bater com tudo no carro do Harry. Espero a quilometragem chegar á 120 e deixo a mão bem próxima do freio. Faltando pouco espaço para o fim da linha, puxo o freio de mão e o carro chia alto enquanto vai derrapando pela estrada de asfalto. Ele roda como um pião descontrolado e atinge um poste na calçada. O air-bag aciona e prende minha cabeça contra o banco. Escuto um estalo alto e um pequeno clarão dentro do carro, como um som de tiro, mas pouco me importo. Meu corpo estava impossibilitado de se mexer com o cinto de segurança mais o air-bag.

- CHRIS! - é a voz do Harry, desesperado, chegando mais próximo do carro. Ele chama mais duas vezes, até abrir minha porta. 
- Harry, me tira daqui! - peço entre lágrimas, com o corpo imobilizado. Harry está tão chocado, que as suas lágrimas escorrem sem som algum.
- Tá tudo bem? - ele pergunta com a voz falha de medo.
- Tá. Só me tira rápido! - suplico enquanto olho para o lado do carona e vejo a porta aberta. O desgraçado tinha fugido.

Ele estoura o air-bag e me ajuda a tirar o cinto de segurança. Uma fumaça cinza escapava do capô do carro. A frente estava totalmente imprensada no poste. Estava praticamente irreconhecível e pessoas que estavam no posto, se aproximavam rapidamente pra ajudar. Logo já estava uma multidão em volta, tentando me livrar do cinto emperrado e olhares preocupados. Já posso escutar sirene de ambulância e meu desespero só aumenta.

- Pronto! - um cara consegue tirar meu cinto e levanto com dificuldade do banco.
- Vem! - Harry me pega no colo e só então noto minhas pernas arranhadas e um fio de sangue escorrendo pelas mesmas. Os paramédicos me tiram do colo do Hazza e me colocam deitada na maca com a cabeça presa em um paralisador cervical, em caso de problema na coluna durante o pequeno acidente,
- Harry! - chamo-o desesperada enquanto vejo os médicos me levando para a ambulância.
- Vai ficar tudo bem. Olha pra mim, só pra mim! Ok? - ele pede enquanto os médicos me colocam dentro da ambulância. 
- Mas eu estou bem! - digo desesperada e num ato inconsciente, levanto a mão, que estava ensanguentada. Meus olhos quase saltam da face. - Sangue?! - corro os olhos para a minha cintura e vejo o vestido banhado de sangue. - Ai meu Deus! - digo em pânico.
- Não olha pro vestido! Olha pra mim! - Harry ordena bravo e assinto assustada. Então aquele tiro acertou em mim?


.... Continua.














3 comentários